Eu Moro no Coração das Pessoas que me amam !!!

sábado, 18 de dezembro de 2010

PRA SER AMOR...(Maurício Gasperini)


Pra ser amor
Tinha que ser mais forte do que nós
Ser companhia quando estamos sós
Ser invisível e abrasador
Pra ser amor
Tinha de haver bem mais compreensão
Tinha que ser maior do que a razão
Ser imbatível como um vencedor
Se fosse amor
Todo o universo ia conspirar
Dando um remédio para aliviar a dor
Pra ser amor
Tinha que ser nós dois
Pra ser amor
Tinha que ser amor

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010


As palavras ferem e, como diz o poeta Pepe, “as lágrimas não cicatrizam”. Por isso, para criar um mundo melhor, é importante usar uma linguagem que não machuque os outros, que não revele preconceitos, que não produza discriminações.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O VALOR DA IGNORÂNCIA


A ignorância – ou, se preferirem, a consciência de nossa própria ignorância - não nos é dada gratuitamente; a ignorância tem um preço. Não a ganhamos, a conquistamos. E com trabalho, com muito trabalho. Como tudo o mais que tem algum valor na vida, também a obtenção da ignorância exige esforço, paciência e dedicação. Pois ocorre que nos é muito mais natural crer do que duvidar. Nossa tendência é crer que as coisas de fato sejam como elas de início nos parecem ser. A dúvida acerca dessa aparência primeira pode surgir de diversos modos, e um desses modos é o modo filosófico. Neste caso, se trata de um esforço deliberado e metódico para colocar em questão as aparências. E este esforço não é fácil nem é simples.
É possível colocar em dúvida mesmo aquelas verdades mais evidentes e aparentemente inegáveis. Pensem, por exemplo, no gênio maligno de René Descartes – na suposição de que poderia existir uma criatura supremamente poderosa e malévola que tivesse por objetivo nos enganar inclusive a respeito daquelas coisas que nos parecem mais obviamente verdadeiras (o supercomputador do filme Matrix pode ser tomado como uma versão contemporânea de tal criatura). Não raro, essa singular hipótese é tomada por uma simples brincadeira filosófica. Mas ela é muito mais do que isto: ela é uma alegoria de certas conseqüências dos limites e da natureza de nosso conhecimento. Quem comete este equívoco talvez ignore que a invenção de uma tal criatura pretende pavimentar o caminho da dúvida através de uma imagem sugestiva. E isto porque a dúvida, e em particular, a dúvida sobre fatos que nos parecem óbvios – fatos sobre a nossa própria existência, por exemplo –, não é gerada sem que empreendamos um diligente esforço para tanto. E o exercício da dúvida é o instrumento indispensável que nos permite eliminar os fragmentos de pseudo-conhecimento reunidos ao longo dos anos que atulham nossa mente. É o exercício da dúvida que nos permite alcançar a ignorância.
Parte considerável dos esforços dos filósofos, portanto, é dedicada à tarefa de obter essa autêntica ignorância. Pois a fonte do pseudo-conhecimento é a pseudo-ignorância. A pseudo-ignorância é o resultado da tentativa insuficiente e fracassada em eliminar as crenças irracionais que se acumulam em nosso espírito. Diante desse fracasso, continuamos a sustentar idéias infundadas e a guiar nossas ações com base em pontos de vista que, ao fim e ao cabo, não têm sustentação racional. E tudo isto porque desde o início falhamos na tarefa de desmascarar nossa própria ignorância.
Enfim, o valor da ignorância é extraordinário. Defrontar a autêntica ignorância, único terreno sobre o qual o autêntico conhecimento pode ser erigido, é um empreendimento indispensável e virtualmente interminável. O mundo nos oferece constantemente idéias enganosas das quais precisamos nos depurar e essa depuração não é um trabalho do qual possamos dar conta sem esforço e método. Ter constantemente presente a necessidade deste trabalho e lembrar aos demais disto com uma persistência que beire a provocação – como o fazia o próprio Sócrates – pode ser uma boa maneira de se começar a filosofar.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010


Conta-se que um fazendeiro
possuía alguns cavalos para
ajudar no trabalho de sua
pequena fazenda.

Um dia, o capataz lhe trouxe
a notícia que um de seus
cavalos havia caído num
velho poço abandonado.

Informou ao patrão que o
buraco era muito fundo e seria
difícil tirar o animal de lá.

O fazendeiro foi até o local,
avaliou a situação e certificou-se
de que o cavalo estava ferido,
mas ainda vivo.

Mas, pela dificuldade e o alto
custo para retirá-lo do fundo
do poço, decidiu que não valeria
a pena investir no resgate.

Chamou o capataz e ordenou
que sacrificasse o animal,
soterrando-o ali mesmo.

O capataz chamou alguns
empregados e orientou-os para
que jogassem terra sobre o
cavalo, até que o encobrissem
totalmente, e o poço não
oferecesse mais perigo
aos outros animais.

Os empregados ficaram com
pena do animal, mas seguiram
a ordem recebida.

No entanto, um fato estranho
ocorria.

Na medida que a terra caía
sobre o animal, o cavalo se
sacudia, derrubava a terra
de seu dorso e ia pisando
sobre ela.

Logo os homens perceberam
que o animal não se deixava
soterrar, mas, ao contrário,
estava subindo à medida que a
terra caía, até que finalmente
conseguiu sair...

Muitas vezes nós nos sentimos
como se estivéssemos no fundo
do poço e, de quebra, ainda
temos a impressão de que
estão tentando nos soterrar
para sempre.

É como se o mundo jogasse sobre
nós a terra da incompreensão,
da falta de oportunidade, da
desvalorização, do desprezo
e da indiferença.

Nesses momentos difíceis é
importante lembrar a lição
profunda da história do cavalo
e fazer a nossa parte para
sair das dificuldades.

Afinal, se chegamos ao fundo
do poço, só nos restam
duas opções:

Ou nos servimos dele como
ponto de apoio para o impulso
que nos levará ao topo, ou nos
deixamos ficar ali até que
a morte nos encontre.

É importante que, se estamos
nos sentindo soterrar,
sacudamos a terra e a
aproveitemos para subir.

Lembre-se:

Nunca desista!
Lute sempre!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Segundo a visão masculina, dividiu-se a TPM em 4 fases


TPM em 4 fases (procura-se o autor para entregar um prêmio)
*Fase 1 - a Fase Meiguinha*

          Tudo começa quando a mulher começa a ficar dengosa, grudentinha..
Bom sinal?
          Talvez, se não fosse mais do que o normal.
          Ela te abraça do nada, fala com aquela vozinha de criança e com todas as palavras no diminutivo..
A fase começa chegar ao fim quando ela diz que está com uma vontade absurda de comer chocolate.
O que se segue, é uma mudança sutil desse comportamento, aparentemente inofensivo, para um temperamento um pouco mais depressivo.
         
*Fase 2 - a Fase Sensível*

         
Ela passa a se emocionar com qualquer coisa, desde uma pequena rachadura em forma de gatinho no azulejo em frente à prvada, até uma reprise de um documentário sobre a vida e a morte trágica de Lady Di. Esse estágio atinge um nível crítico com uma pergunta que assombra todos os homens, desde os inexperientes até os mais escolados como o meu pai: 

          - Você acha que eu estou gorda?

          Notem que não é uma simples pergunta retórica.
Reparem na entonação, na escolha das palavras.
O uso simples do verbo 'estou' ao invés da combinação 'estou ficando', torna o efeito da pergunta muito mais explosiva do que possamos imaginar.
          E essa pergunta, meus amigos, é só o começo da pior fase da TPM. Essa pergunta é a linha divisória entre essa fase sensível da mulher para uma fase mais irascível.

         
*Fase 3 - a Fase Explosiva*
          Meus amigos, essa é a fase mais perigosa da TPM.
          Há relatos de mulheres que cometeram verdadeiros genocídios nessa fase. Desconfio até que várias limpezas étnicas tenham sido comandadas por mulheres na TPM.

Exagero à parte, realmente essa é a pior fase do ciclo tepeêmico.
Você chega a casa dela, ela está de pijama, pantufas e descabelada.
A cara não é das melhores quando ela te dá um beijo bem rápido, seco e sem língua.
Depois de alguns minutos de silêncio total da parte dela, você percebe que ela está assistindo aquele canal japonês que nem ela nem você sabem o nome. Parece ser uma novela ambientada na era feudal.
Sem legendas...
          Então, meio sem graça, sem saber se fez alguma coisa errada, você faz aquela famosa pergunta: 'Tá tudo bem?'
A resposta é um simples e seca: 'Ta' sem olhar na sua cara.
          Não satisfeito, você emenda um 'Tem certeza?', que é respondido mais friamente com um rosnado baixo e cavernoso teenhoo.'. Aí, como somos legais e percebemos que ela não tá muito a fim de papo, deixamos quieto e passamos a tentar acompanhar o que Tanaka está tramando para tentar tirar Kazuke de Joshiro, o galã da novela que...

          - Merda, viu!? - ela rosna de repente. 

          - Que foi?
          A Fase Explosiva acaba de atingir o seu ápice com essa pergunta.
          Sem querer, acabamos de puxar o gatilho.
 
O que se segue são esporros do tipo:
          - Você não liga pra mim!
Tá vendo que eu tô aqui quase chorando e você nem pergunta o que eu tenho! Mas claro! Você só sabe falar de você mesmo!
          Ah, o seu dia foi uma merda?
O meu também!
E nem por isso eu fico aqui me lamuriando com você!
E pára de me olhar com essa cara!
Essa que você faz, e você sabe que me irrita!
Você não sabe!
Aquele vestido que você me deu ficou apertado!
Aaaai, eu fico looooouca quando essas coisas me acontecem!
          Você também, não quis ir comigo no shopping trocar essa merda!
O pior de tudo é que hoje, quando estava indo para o trabalho, um motoqueiro mexeu comigo e você não fez nada!
Pra que serve esse seu Jiu Jitsu?
Ah, você não estava comigo?
Por que não estava comigo na hora?
Tava com alguma vagabunda? (verdade!!!!)
Aquela sua colega de trabalho, só pode ser ela.
E nem pra me trazer um chocolate!
Cala sua boca!
Sua voz me irrita!  
Aliás, vai  embora antes que eu faça alguma besteira.
Some da minha frente!


 

           Desnorteado, você pede o pinico e sai.
Tenta dar um beijinho de boa noite e quase leva uma mordida.

*Fase 4 - a Fase da Cólica*
          No dia seguinte o telefone toca.
É ela, com uma voz chorosa, dizendo que está com uma cólica absurda, de não conseguir nem andar.
Você vai à  casa dela e ela te recebe dócil, superamável.
Faz uma cara de coitada, como se nada tivesse acontecido na noite anterior, e te pede pra ir à farmácia comprar um Atroveran, Ponstan ou Buscopan pra acabar com a dor dela.
Você sai pra comprar o remédio meio aliviado, meio desconfiado 'O que aconteceu?', você se pergunta. 'Tudo bem'. Você pensa: 'Acho que ela se livrou do encosto'.
Pronto!
A paz reina novamente.
A cólica dobra (literalmente) a fera e vocês voltam a ser um casal feliz. 

    
      Pelo menos até daqui a 20 dias...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Minha
vida acaba, no momento em que
não tiver mais motivo nenhum para rir.

 

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PENSAMENTO

A amizade deveria ser algo completamente sem interesses, como nossos olhos. Eles piscam juntos, eles se movem juntos,
eles choram juntos, eles vêem coisas juntos e eles dormem juntos, embora eles nunca vejam um ao outro estão sempre juntos..."
(Fernando Toscano, "adaptado")

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E Pensando Nisso...

"O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudí-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O Professor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo."

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O SIGNIFICADO DA PAZ

Era uma vez...
Um rei que ofereceu um prêmio ao artista que pintasse o melhor quadro que representasse a paz. Muitos artistas tentaram. O rei olhou os quadros, mas apenas gostou mesmo de dois, e teve de escolher entre ambos.
Um quadro retratava um lago sereno. O lago era um espelho perfeito das altas e pacíficas montanhas a sua volta, encimado por um céu azul com nuvens brancas de algodão. Todas os que viram este quadro acharam que ele era perfeito retrato da paz.
O outro quadro também tinha montanhas. Mas eram escarpadas e calvas. Acima havia um céu ameaçador do qual caía chuva, e no qual brincavam relâmpagos. Da encosta da montanha caía uma cachoeira espumante. Não parecia nada pacífica.
Mas quando o rei olhou, ele viu ao lado da cachoeira um pequeno arbusto crescendo numa fenda da rocha. No arbusto uma mãe pássaro havia feito um ninho. Lá, no meio da turbulência da água feroz, se instalara a mãe pássaro em seu ninho ( em perfeita paz).

Qual pintura você acha que ganhou o prêmio?
O rei escolheu a segunda.
Sabe porque?

"Porque", explicou o rei, "paz não significa estar num lugar onde não há barulho, problemas ou trabalho duro. Paz significa estar no meio disso tudo e ainda estar calmo no seu coraçãoEste é o significado real da paz.". Este é o significado real da paz."
  Inseguranças e medos perdem espaço na medida em que nossas lutas e acertos recebem destaque.
Não importa o que consquistamos e sim o caminho que nos leva a cada vitória.

domingo, 31 de outubro de 2010

RECOMENDO....

Dentro de cada um de nós existe uma história que precisa ser contada. Intimidade significa compartilhar nossa história. Compartilhar nossa história nos ajuda a lembrar quem somos, de onde viemos e o que é mais importante em nossa vida. Compartilhar nossa história nos mantém sãos." - Matthew Kelly
Todos nós ansiamos por intimidade. Nós a queremos mais do que tudo, mas a evitamos e, muitas vezes, até fugimos dela. Bem lá no fundo a idéia de nos tornarmos íntimos de alguém nos assusta, porque para criar intimidade precisamos nos mostrar tal como somos, com nossos desejos e fraquezas. E isso nos amedronta.
Em Os sete níveis da intimidade, Matthew Kelly mostra como ir além de nossos medos para experimentar o poder da verdadeira intimidade.
Ao atingir cada um dos sete níveis descritos no livro, podemos entender e ganhar confiança em nossos parceiros e em nós mesmos, até sermos totalmente capazes de viver o amor, o comprometimento, a confiança e a felicidade que a intimidade nos traz.
Contando excelentes histórias tiradas da vida cotidiana, Kelly nos mostra que todos os relacionamentos oscilam diariamente entre os sete níveis da intimidade e, para que sejam bem-sucedidos, deve-se escolher amar. Você pode se surpreender com essa idéia, mas vai aprender neste livro que o amor é uma escolha.
Essa nova compreensão nos leva a estabelecer vínculos fortes e duradouros. Ao escolher amar, você será capaz de investir diariamente em seu companheiro, filhos e amigos, e poderá até mesmo encontrar o amor que sempre quis, aquele que vai ajudá-lo a tornar-se a melhor pessoa que você pode ser.
****
"O grande tema da vida é o amor. É quem você ama e quem você magoou. É como você ama e magoa as pessoas próximas de você." 
Matthew Kelly
A intimidade é uma necessidade legítima do ser humano sem a qual não é possível ser feliz. No entanto, conquistá-la não é uma tarefa simples. Temos medo de ser rejeitados se nos mostrarmos tal como somos e revelarmos nossos sonhos, esperanças, medos e fragilidades. Mas, para construir relacionamentos felizes e duradouros, precisamos estabelecer uma relação de confiança e entrega.
A verdadeira intimidade engloba todos os aspectos da natureza humana – físico, emocional, intelectual e espiritual. Se aprendermos a explorar esses aspectos em nós mesmos e no nosso parceiro, encontraremos muitos motivos para passar a vida inteira juntos.
Neste livro, Matthew Kelly apresenta os sete níveis da intimidade e ensina a navegar por eles. O primeiro nível é o dos clichês, que usamos para nos aproximar das pessoas. No segundo nível, o dos fatos, revelamos um pouco de nós e de nossa história. No nível das opiniões, expressamos mais livremente o que pensamos. O quarto nível é o das esperanças e sonhos, e o quinto, o dos sentimentos. Aqui já estabelecemos uma relação de intimidade que se aprofunda ao atingirmos os dois níveis restantes: o sexto – o dos medos – e o sétimo – o das necessidades legítimas.
A busca da intimidade deve ser um esforço diário, praticado com dedicação e perseverança. Ao nos tornarmos realmente íntimos de alguém, somos capazes de revelar nossos sentimentos mais profundos e vivenciar relacionamentos maravilhosos, que farão de nós as melhores pessoas que podemos ser.

Banda Nova...


Ameiiiiiiiiiii a música..........Show...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A maçã Podre


Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti. Ezequiel 28:15

Uma maçã podre numa caixa estraga todas as outras. Mas quando Deus criou o mundo, tudo era perfeito. Não havia germes nocivos, morte ou lágrimas. Infelizmente, nesse mundo perfeito apareceu uma maçã podre que estragou a criação de Deus.

E a pergunta que surge é a seguinte: Se Deus é bom e todo-poderoso, por que não pegou essa maçã e a jogou no lixo, para evitar que ela estragasse as outras? Você não faria isso? Obviamente, estamos falando de Satanás.

Deus sabia que se Satanás continuasse vivendo, sua influência perniciosa se espalharia pela terra e resultaria em Hitler, Idi Amin, Stalin, Saddam Hussein e outros tiranos. Resultaria também em males como o câncer, AIDS, depressão, solidão, defeitos congênitos, alcoolismo, dependência de drogas, acidentes, crimes e divórcios. Em resumo: resultaria num mundo cheio de miséria e dor. Foi justo da parte de Deus deixar que toda essa miséria se espalhasse quando poderia ter cortado o mal pela raiz?

Vejamos a seguinte ilustração: Uma empresa tinha um diretor que era amado por seus gerentes e funcionários. O seu assistente o ajudava em tudo. Mas então esse assistente começou a espalhar o boato de que o diretor estava fraudando a empresa. Foi um golpe devastador num líder que sempre havia procurado ser honesto e leal. Pior ainda foi o fato de que entre os gerentes e funcionários houve quem acreditasse no boato.

O assistente havia preparado o terreno e conquistado simpatizantes. E quando ele fez essa denúncia, muitos acreditaram nele. Alguns até sugeriram que o conselho dos diretores deveria colocá-lo no lugar do diretor.

O diretor poderia tê-lo despedido. Mas pensou: “Mesmo os funcionários que confiam em mim podem desconfiar que eu tenha algo a esconder, pois demito quem discorda de mim. E funcionários que não confiam em seu líder, trabalham mal.” Assim, o diretor permitiu que o seu assistente continuasse trabalhando. Mais cedo ou mais tarde a verdade apareceria.

E foi o que aconteceu. A empresa passou por um período difícil, todos perceberam que a acusação do assistente era falsa, e ele acabou pedindo demissão.

No seu devido tempo a maçã podre será, finalmente, jogada fora.
                                                                                                      Paulo Tavares
Maça podre ao ingerida, deixa estômago podre e inicia ferida
Bruno Justiça

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Amanhã Não se Sabe

Amanhã Não se Sabe

LS Jack

Composição: Sérgio Britto
Como as folhas, como o vento
Até onde vai dar o firmamento
Toda hora enquanto é tempo
Vivo aqui neste momento
Hoje aqui, amanhã não se sabe
Vivo agora antes que o dia acabe
Neste instante, nunca é tarde
Mal começou e eu já estou com saudade
Me abraça, me aceita
Me aceita assim meu amor
Me abraça, me beija
Me aceita assim como eu sou
Me deixa ser o que for
Como as ondas com a maré
Até onde não vai dar mais pé
Este instante tal qual é
Vivo aqui e seja o que Deus quiser
Hoje aqui não importa pra onde vamos
Vivo agora, não tenho outros planos
É tão fácil viver sonhando
Enquanto isso a vida vai passando

Me abraça, me aceita
Me aceita assim meu amor
Me abraça, me beija
Me aceita assim como eu sou
Me deixa ser o que for
Me abraça, me aceita
Me aceita assim meu amor
Me abraça, me beija
Me aceita assim como eu sou
Me deixa ser o que for
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
(Fernando Pessoa)

domingo, 24 de outubro de 2010

Aceitação da sombra e felicidade pessoal

O caráter antagônico da Natureza é descrito pela literatura, pela psicologia e pela filosofia.

Foi Heráclito quem primeiro descreveu a função reguladora dos contrários, mostrando que, em algum momento, as coisas correm em direção ao seu contrário.

Foi seguindo os caminhos da Natureza que Jung descreveu este mesmo jogo antagônico na psique humana.

Demonstrou a inclinação natural da psique de convergir na direção a um Centro - para o Si-mesmo.

Jung chama a atenção para o perigo de haver identificação com um dos pólos, o que resultaria em doença psíquica. A unilateralidade romperia a tensão necessária para manter o equilíbrio e a saúde psíquica.

O oposto da atitude consciente é a sombra, que, ao ser reprimida, faz pressão para se manifestar. Daí a necessidade de se procurar conectar a força oposta da consciência.

Como acredita Jung, "é no oposto que se acende a chama da vida".

Jung alerta que o confronto com os opostos, e a sua integração, é fundamental para o processo de individuação, para se alcançar a Totalidade, para que o homem se torne um ser, não perfeito, mas mais feliz.

Totalidade inclui reconhecer e aceitar em si, as qualidades que estão em oposição "ao ideal do ego", as qualidades opostas aos valores culturais e morais.

A integração dos opostos é um processo que começa pelo reconhecimento da sombra, ou seja, da parte da personalidade que contém os aspectos primitivos, reprimidos, inadequados aos padrões estéticos e morais de uma cultura.

Tomar consciência da sua sombra é condição "sine qua non" para o indivíduo começar o caminho rumo ao auto-conhecimento, rumo à consciência.

O homem que não conhece sua face sombria, é um homem que só conhece uma face de "sua moeda", é um ser unilateral, falsamente iludido sobre sua natureza humana, e, por isso, presa fácil do mal, adepto do recurso de projetar no outro, no mundo, as qualidades que não reconhece em si.

Do ponto de vista conceitual, é Freud quem faz a análise mais profunda da divisão entre o lado luz e o lado sombra da psique humana. Mas é Jung quem dá à sombra uma abordagem mais ampliada.

A cisão entre o lado luz - o Bem - e o lado sombra - o Mal - é evidente e absoluta na tradição judaico cristã.

Originalmente, a tradição cristã reconhecia os opostos que o homem traz em si, conforme as palavras de São Paulo: "Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero".

Essas palavras, revestidas de conhecimento de psicologia humana, revelam que São Paulo sabia que possuía a sombra, e o fato de ter esse conhecimento é que o mantinha íntegro.

Segundo Jung, Criador e criatura deveriam ser uma toalidade, mas devido à cisão perpetuada pelo Cristianismo, surgiu o mundo de luz e o mundo de trevas.

O Taoísmo afirma que tudo é criado pela integração dos opostos ( yin-yang ) que representam a luz e a sombra, o positivo e o negativo, o bem e o mal.

Estes pares de opostos são pares complementares da Natureza que nunca podem ser separados. São princípios do Universo e toda a Criação está sujeita a este contraponto.

A sombra não é basicamente má. Há grande energia e potencial na porção reprimida. Esta energia precisa ser conectada e amalgamada à personalidade, e não unilateralizada. Porque, tanto para o bem como para o mal, não se deve sucumbir a nenhum dos opostos.

A noção de bem e mal é relativa e fruto de julgamento de valor, portanto subjetiva e passível de contaminação da sombra pessoal.

Sendo assim, o ponto de referência não está nos polos, mas sim, no meio, no equilíbrio.

Se um dia a paz for alcançada, seus promotores não estarão entre as pessoas "que se fizeram santas", mas entre as pessoas que aceitaram sua natureza pecadora com humildade.

A busca da santidade é nefasta também, porque, ao se identificar unilateralmente com sua parte boa, o indivíduo joga-a contra a sua parte oposta.

Sendo um arquétipo, a sombra tem conteúdos afetivos poderosos, com capacidade de autonomia, obsessão e possessividade que lhe dão capacidade de ascendência sobre a estrutura do ego.

A sombra representa o arquétipo do bode expiatório, do ‘outro", sobre o qual é lançada toda a culpa, toda a maldade do indivíduo que ele não reconhece como sua.

Através do recurso do bode expiatório, o homem nega sua sombra. O bode expiatório presta um serviço ao seu acusador, na medida em que ele carrega para esse, o fardo de sua sombra feia, inadequada ao "padrão de beleza" que o ego idealiza.

A sombra reprimida e relegada ao inconsciente, torna-se um potencial de energia, energia essa que vem a tona sob a forma de projeção.

Na projeção a relação com o mundo externo é uma relação revestida de ilusão.

O meio ambiente ganha a configuração que a sombra lhe dá: a maldade, a feiúra que o homem não admite como sua, é lançada no ambiente, no outro.

A metade bonita, perfeita, ele abraça como sua, o que resulta num ser dividido, de ego inflado, pretensamente bom.

Um dos prejuízos que a projeção traz é que a pessoa reage ao ódio e violência "que-lhe mandam" com mais ódio e violência e o círculo vicioso se forma. A projeção faz surgir, literalmente, no outro e no ambiente, as situações que o indivíduo projeta.

O perdão aos outros é um modo de dizer que já nos aceitamos integralmente, com nossa sombra. O perdão é a própria aceitação da vida como ela é.

Auto perdão é o sacudir da poeira, é a renovação da auto estima e da alegria de viver, é o caminho da integridade e da felicidade.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Parabola -O galo angustiado

Era uma vez um grande quintal onde reinava soberano e poderoso galo. Orgulhoso de sua função, nada acontecia no quintal sem que ele soubesse e participasse. Com sua força descomunal e coragem heróica, enfrentava qualquer perigo. Era especialmente orgulhoso de si mesmo, de suas armas poderosas, da beleza colorida de suas penas, de seu canto mavioso.
Toda manhã acordava pelo clarão do horizonte e bastava que cantasse duas ou três vezes para que o sol se elevasse acima para o céu. "O sol nasce pela força do meu canto", dizia ele. "Eu pertenço à linhagem dos levantadores do sol. Antes de mim era meu pai; antes de meu pai era meu avô!" ...
Um dia uma jovem galinha de beleza esplendorosa veio morar em seu reinado e por ela o galo se apaixonou. A paixão correspondida culminou numa noite de amor para galo nenhum botar defeito. E foi aquele amor louco, noite adentro. Depois do amor, já de madrugada, veio o sono. Amou profundamente e dormiu profundamente. 
As primeiras luzes do horizonte não o acordaram como de costume. Nem as segundas. ... Para lá do meio dia, abriu os olhos sonolentos para um dia azul, de céu azul brilhante e levou um susto de quase cair. Tentou inutilmente cantar, apenas para verificar que o canto não lhe passava pelo nó apertado da garganta. - "Então não sou eu quem levanta o sol?", comentou desolado para si mesmo. E caiu em profunda depressão. O reconhecimento de que nada havia mudado no galinheiro enquanto dormia trouxe-lhe um forte sentimento de inutilidade e um questionamento incontrolável de sua própria competência. E veio aquele aperto na garganta. A pressão no peito virou dor. A angústia se instalou definitivamente e fez com que ele pensasse que só a morte poderia solucionar tamanha miséria. "O que vão pensar de mim?", murmurou para si mesmo, e lembrou daquele galinho impertinente que por duas ou três vezes ousou de longe arrastar-lhe a asa. O medo lhe gelou nos ossos. Medo. Angústia. Andou se esgueirando pelos cantos do galinheiro, desolado e sem saída. 
Do fundo de seu sentimento de impotência, humilhado, pensou em pedir ajuda aos céus e rezou baixinho, chorando. Talvez tenha sido este momento de humildade, único em sua vida, que o tenha ajudado a se lembrar que, em uma árvore, lá no fundo do galinheiro, ficava o dia inteiro empoleirado um velho galo filósofo que pensava e repensava a vida do galinheiro e que costumava com seus sábios conselhos dar orientações úteis a quem o procurasse com seus problemas existenciais.
O velho sábio o olhou de cima de seu filosófico poleiro, quando ele vinha se esgueirando, tropeçando nos próprios pés, como que se escondendo de si mesmo. E disse: "Olá! Você nem precisa dizer nada, do jeito que você está. Aposto que você descobriu que não é você quem levanta o sol. Como foi que você se distraiu assim? Por acaso você andou se apaixonando?". Sua voz tinha um tom divertido, mas ao mesmo tempo compreensivo, como se tudo fosse natural para ele. A seu convite, o galo angustiado empoleirou-se a seu lado e contou-lhe a sua história. O filósofo ouviu cada detalhe com a paciência dos pensadores. Quando o consulente já se sentia compreendido, o velho sábio fez-lhe uma longa preleção:
"Antes, quando você ainda achava que até o sol se levantava pelo poder do seu canto, digamos que você estava enganado. Para definir seu problema com precisão, você tinha o que pode ser chamado de "Ilusão de Onipotência". Então, pela mágica do amor, você descobriu o seu próprio engano, e até aí estaria ótimo, porque nenhuma vantagem existe em estar tão iludido. Saiba você que ninguém acredita realmente nessa história de canto de galo levantar o sol. Para a maioria, isto é apenas simbólico: só os tolos tomam isto ao pé da letra. "Entretanto, agora", continuou o sábio pensador, "você está pensando que não tem mais nenhum valor, o que é de certa forma compreensível em quem baseou a vida em tão grande ilusão. Contudo, examinando a situação com maior profundidade, você está apenas trocando uma ilusão por outra ilusão. O que era uma 'Ilusão de Onipotência' pode ser agora chamado de 'Ilusão de Incompetência'. Aos meus olhos, continuou o sábio, nada realmente mudou. Você era, é e vai continuar sendo, um galo normal, cumpridor de sua função de gerenciar o galinheiro, de acordo com a tradição dos galináceos. Seu maior risco, continuou o pensador, é o de ficar alternando ilusões. Ontem era 'Ilusão de Onipotência', hoje, 'Ilusão de Incompetência'. Amanhã você poderá voltar à Ilusão de Onipotência novamente, e depois ter outra desilusão... Pense bem nisto: uma ilusão não pode ser solucionada por outra ilusão. A solução não está nem nas nuvens nem no fundo do poço. A solução está na realidade". Após um longo período de silêncio, o velho galo filósofo voltou-se para os seus pensamentos. Nosso herói desceu da árvore para a vida comum do galinheiro. 
Na dia seguinte, aos primeiros raios da manhã, cantou para anunciar o sol nascente. E tudo continuou como era antes.
                                                                                                                                    ( Maurício de Souza Lima)